segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Diana Robalinho analisou o jogo de sábado

Comentário do jogo Villa Cesari x Vilamaiorense

No passado sábado, dia 3 de Outubro, a nossa equipa deslocou-se até a vila de Cesar para defrontar o Villa Cesari. Como é de conhecimento de grande parte do público, o pavilhão do Villa Cesari possui dimensões ligeiramente reduzidas relativamente às que encontramos em outros pavilhões. Para além disso, também possui um público bastante caloroso para a equipa da casa e pouco, ou nada, simpático para com os adversários. Sendo este último, a meu ver, um aspecto que pode influenciar negativamente a prestação e concentração de determinadas adversárias. No entanto, é de salientar que não foi o caso. Todas estávamos com um único objectivo pelo que apenas focámos as nossas atenções no mesmo e a assistência adversária pouco importou.
Em virtude deste contexto, prevíamos um jogo complicado, com jogadoras bastante lutadoras e sobretudo agressivas, sem medo de meter o pé sempre que necessário. Apesar das características invulgares do campo assim como das próprias jogadoras, estas não poderiam servir de desculpa para as nossas falhas, mas sim constituir-se como sendo mais um desafio a vencer. Numa análise geral do jogo, podemos retirar aspectos importantes que, com certeza, nos irão ajudar a ultrapassar qualquer desafio que possa surgir. Dos quais se destacam, o espírito de sacrifício, a solidariedade e o entrosamento que se verificaram entre o grupo dentro das quatro linhas. Não há menor dúvida que estes foram fundamentais para conseguirmos alcançar o nosso propósito. Devo salientar desde já que foi, a meu ver, um jogo bastante equilibrado no que diz respeito a oportunidades de golo, mas não quanto ao jogar das equipas. Isto porque ambas possuem modelos de jogo bastante diferentes, que se fizeram notar nas rotinas, na circulação de bola, assim como na dinâmica posicional das jogadoras. E devo dizer que, na minha opinião, ganhou a equipa que melhor esteve em campo. Pois conseguimos, primeiro, criar dificuldades à equipa da casa no que diz respeito à circulação de bola, que consistia grande parte das vezes, em jogar bola na pivot. Para isso tivemos então que encurtar o espaço e tempo à portadora da bola, fazendo com que tivesse pouco espaço para colocar bola na pivot e obriga-las a jogar rápido e de forma precipitada, isto é, a jogar mal. Em segundo, devido à falta de rotatividade e dinâmica posicional da equipa da casa, tornou-se um jogo muito directo e previsível o que, de certa forma, nos facilitou o trabalho defensivo. Em terceiro, conseguimos realizar transições rápidas para o ataque e criando muitas vezes superioridade numérica. Salientando-se, porém, que nem sempre esta foi aproveitada da melhor forma. Ainda referente à nossa organização ofensiva, conseguimos penetrar facilmente no meio campo defensivo adversário, mas a meu ver, com pouca paciência. Talvez pelo facto de possuirmos jogadoras com um espírito ofensivo bastante acentuado, o que levava a saídas rápidas mas pouco construtivas e com pouca posse de bola. Um aspecto em que a equipa da casa foi superior a nós, foi nos lances de bola parada, principalmente na 1ª parte do jogo. Aqui notou-se uma falta de preocupação em sair sobre a bola para impedir o remate de longe. Sabendo que é uma equipa que possui jogadoras com boa capacidade de finalização, este era um comportamento fundamental a adoptar desde o início. Defensivamente, acredito que estivemos bem pois demonstramos que, havendo cooperação, solidariedade e entreajuda do grupo, a bola não chega tão facilmente à nossa baliza.
Finalizando, considero que a nossa equipa teve um jogo difícil pela frente que exigiu muita concentração, empenho e dedicação para conseguir obter os 3 pontos no final da partida. Um jogo que para mim era um desafio e que me deu gosto em vencer pelo facto de ser contra um adversário que, em casa, ganha uma garra extraordinária e se debate eficazmente.

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